quarta-feira, 20 de agosto de 2014

DIA DO(A) MAÇOM


Eu sei que ela existe (embora eu nunca a veja...)
mulher estranha de mãos imensas,
semeando esmolas, misteriosamente,
cercada de respeito, de lendas e de temor
as mãos dessa mulher tem forma de amor,
mãos que ninam os berços da orfandade,
mãos que põem luz na noite da viuvez,
mãos que cortam o erro, como espadas
mãos que abençoam, que denunciam crime
e que trazem, no gesto que redime,
toda a unção das próprias mãos de Deus.
Essa mulher tem a graça das Acácias,
a ternura que consola a dor alheia,
o bem que ela faz gravando só na areia,
vem a onda e o leva ao seio do grande Artista
que vela sobre o triste, o fraco e o oprimido.
Essa mulher, se escuta algum gemido,
se pressente a dor, a injustiça, a queda,
como o vento desloca-se flecha ousada e firme
na pressa de salvar, servir e se esconder.
Ela está de pé às portas da miséria...
Junto ao incapaz, ela é o braço potente,
amparo ela o é ao lado do indigente
arrimo da velhice, luz da juventude,
e ante a própria morte, aos pés do ataúde,
essa mulher é esteio, é força e segurança.
Seus braços, quais colunas talhadas na rocha,
já sacudiram tronos, muralhas e cidadelas,
já libertaram escravos e enriqueceram os pobres,
já ergueram nações sobre cinzas de impérios...
Ela já viu morrer os filhos em prol da liberdade,
e, embora chorando sobre seus tristes restos,
seu braço ergueu, em sagrado protesto,
a bandeira santa do amor universal.
De sua mesa farta, tal como em família,
reparte ela o pão da graça feminina,
sem humilhar aquele a quem sobrou pobreza,
e sua mão direita, segundo o evangelho,
jamais presenciou o que a esquerda fez.
A ordem do Senhor: "Amai-vos uns aos outros"
à frente do seu Templo essa mulher gravou,
e como irmãos se tratam milhões de filhos seus,
homens predestinados, cidadãos benditos
que não se envergonham - oh não - de crer em Deus.
Essa mulher estranha, sem jóias e sem fraqueza
essa mulher estranha, temida e venerada,
mil vezes perseguida, vencendo com galhardia,
é cidadã do mundo, é a MAÇONARIA.

                                                             Ir. A.T.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Campanha Beneficente "A fome não espera", da Loja Maçônica Feminina Condutora da Sabedoria nº 1, filiada ao Grande Oriente Independente Feminino do Brasil, realizada em 09 de agosto de 2014 nas comunidades da Babilônia e Chapéu Mangueira.

Nosso agradecimento a todas as Irmãs e amigos que colaboraram com a doação das cestas básicas e/ou com o comparecimento no dia da distribuição. É mais um trabalho a nos auxiliar no desbastar da Pedra Bruta.

Nosso agradecimento especial ao sobrinho Diego Matos, Marcelo Penca, Claudinho, Nilson e todos aqueles que possibilitaram o nosso trabalho. Que o Grande Arquiteto do Universo lhes abençoe e que o Amor e a Prosperidade vibrem intensamente em suas vidas.

Um carinhoso e fraternal abraço,
Daniely Vieira








Nossa eterna gratidão e homenagem ao V. Irmão Mario Amazonas que fez sua passagem para o Oriente Eterno ontem pela madrugada, na certeza de que ele já alcançou a Paz!

Ficará a saudade de seus ensinamentos e de seu amor pela Obra do Eternona Face da Terra.

Mano Mario, somos eternamente gratas pela sua colaboração, carinho e confiança. Você está sempre vivo em nossas lembranças como exemplo de um incansável obreiro do Eterno.

Vá em paz!!! 



domingo, 20 de abril de 2014

A PÁSCOA COMO RENASCIMENTO INTERIOR





A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach (pesakh), que significa PASSAGEM. Assim sendo, chegamos ao entendimento que Páscoa é um RITUAL DE PASSAGEM, o momento de abandonar as velhas folhas, desnudar-se, para que o novo possa surgir. Simbolicamente, a Páscoa significa época de libertação, renovação, abundância, fertilidade. 

No Cristianismo, a Páscoa é uma das suas festas mais importantes, onde o Cristo volta do reino da morte ou Hades e ressuscita, trazendo ao mundo uma nova esperança. É a vitória da vida sobre a morte. 
Aproveitemos a Páscoa para fazermos uma reflexão sobre nossos conceitos e nossas atitudes e nos sintonizar com as forças que nos capacitarão para transformar a vida e viver em abundância. 
É momento de reavaliação....momento de cavar masmorras aos vícios e levantar Templos às virtudes.
Permitamos que os vícios, sentimentos como apego, depressão, insegurança, medo, fracasso, infortúnio, solidão, egoísmo, prepotência, intolerância, preconceito, raiva, arrogância, dentre outras tendências negativas ou vícios, possam morrer, para renascerem as virtudes da esperança, fé, tolerância, amor, sabedoria, força, saúde, determinação, coragem e fraternidade, sentimentos que devem vibrar no coração de todos aqueles que buscam o caminho da Iniciação, os verdadeiros discípulos da Obra do Eterno na Face da Terra, em nome da Lei Justa e Perfeita!!!
Feliz Páscoa!!! Feliz Renascimento!!!!
Um carinhoso e fraternal abraço.

Daniely Vieira
Venerável Mestre

sexta-feira, 7 de março de 2014

HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER - RESGATE DO SAGRADO FEMININO -




Amadas Irmãs Maçons e Irmãs em Humanidade,

O Homem e a Mulher (Victor Hugo)
“O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher, o mais sublime dos ideais. 
Deus fez para o homem um trono; para a mulher fez um altar. 
O trono exalta e o altar santifica. 
O homem é o cérebro; a mulher, o coração.
O cérebro produz a luz; o coração produz amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o génio; a mulher é o anjo.
O génio é imensurável; o anjo é indefinível; 
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude extrema;
A glória promove a grandeza e a virtude, a divindade. 
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência.
A supremacia significa a força; a preferência representa o direito. 
O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas.
A razão convence e as lágrimas comovem. 
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece e o martírio purifica. 
O homem pensa e a mulher sonha.
Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola. 
O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço e cantar é conquistar a alma. 
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu”.

Hoje, dia 08 de março de 2014, celebramos o Dia Internacional da Mulher e buscando resgatar o verdadeiro sentido desta data e tentando desvincular este Dia do caráter festivo e comercial que adquiriu ao longo dos anos, trazemos à baila uma pesquisa histórica sobre sua origem.
Recuperar, retomar e recontar a história do dia Internacional da Mulher é também reafirmar a história das lutas das mulheres inserida na luta pela transformação geral  da sociedade. É recompor um pedaço da história do feminismo que se apresenta como um elo indispensável da luta das mulheres e da luta socialista.
O processo de construção do Dia internacional da Mulher está Intimamente ligado aos movimentos feministas que buscavam e buscam mais dignidade para as mulheres e sociedades mais justas e igualitárias. É uma data forjada por lutas.
A ideia da existência do Dia Internacional da Mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação, em massa, da mão-de-obra feminina na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de constantes protestos por parte dos trabalhadores. Ademais, havia também, a luta pelo direito a voto das mulheres.
A origem do Dia Internacional da Mulher é muito divergente; alguns dizem que está relacionado com reivindicações que ocorreram a partir do episódio de 8 de março de 1857, onde a história relata que a primeira greve norte-americana conduzida somente por mulheres, tecelãs de uma fábrica em Nova York, para reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas.
Outro fato de destaque foi em 1908, quando 15.000 mulheres marcharam pelas ruas de Nova York. Elas reivindicavam por estabilidade econômica e uma melhor qualidade de vida, exigindo redução de horário, melhores salários, além do direito de voto, fazendo coro às mulheres europeias que também lutavam pelo mesmo direito em Londres e Paris.
Em 1910, ocorreu a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na cidade de Copenhague, Dinamarca. Na ocasião, foi aprovada proposta apresentada por Clara Zetkin* de instituição de um dia oficial paras as mulheres, embora nenhuma data tivesse sido especificada.
Tendo o exemplo de luta feminina nos EUA como referência, a socialista alemã Clara Zetkin propôs que a instauração do dia da mulher fosse uma jornada especial, uma data comemorada anualmente, num passo inicial para a conquista do voto feminino.
No ano seguinte, em 1911, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Cabe ressaltar que antes da realização da II Conferência, o “woman´s day” já havia sido comemorado pela primeira vez em Chicago, no dia 3 de maio de 1908, presidido por Lorine S. Brown e oficializado pelo jornal “The Socialist Woman”. As socialistas norte-americanas já exigiam igualdade salarial perante os homens e defendiam o voto feminino.
Poucos dias depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria mata 146 trabalhadores, a maioria costureiras (cerca de 125). O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício, além do fato de, na hora do incêndio, algumas portas da fábrica estarem fechadas por motivos de controle dos patrões sobre seus empregados. A referida fábrica empregava 600 trabalhadores, a maioria mulheres imigrantes judias e italianas, jovens entre 13 e 23 anos.
Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001.
O incêndio levantou a luta a favor das trabalhadoras e da segurança de trabalho e em 1903 formou-se, pela ação de sufragistas e de profissionais liberais, a Women’s Trade Union League com o objetivo de organizar trabalhadoras assalariadas.
Muitas manifestações ocorreram em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913).
Em 1917, ainda na Rússia, as mulheres manifestaram por melhores condições de vida e trabalho e marcaram o início da Revolução de 1917. Leon Trotsky assim registrou o evento: “Em 23 de fevereiro estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920. Depois, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960.
À medida que o movimento feminista internacional começou a ganhar força nos anos 70, a Assembleia Geral declarou o ano de 1975 como o Ano Internacional das Mulheres e organizou a primeira Conferência Mundial sobre as Mulheres, na Cidade do México.
No impulso da Conferência, os anos de 1976 a 1985 foram declarados a Década da Mulher.
Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres.
Em 1979, a Assembleia Geral adotou a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, frequentemente descrita como uma Carta Internacional dos Direitos da Mulher. Em seus 30 artigos, a Convenção define claramente a discriminação contra mulheres e estabelece uma agenda para ação nacional para pôr fim a tal discriminação.
Cinco anos depois da conferência da Cidade do México, a Segunda Conferência Mundial sobre a Mulher foi realizada em Copenhague (Dinamarca), em 1980.
Em 1985, a “Conferência Mundial para a Revisão e Avaliação das Realizações da Década das Nações Unidas para a Mulher: Igualdade, Desenvolvimento e Paz” foi realizada em Nairóbi (Quênia). Ela foi convocada num momento em que o movimento pela igualdade de gênero finalmente ganhou verdadeiro reconhecimento global, e 15 mil representantes de organizações não-governamentais participaram em um Fórum paralelo de ONGs. O evento foi descrito por muitos como o “nascimento do feminismo global”.
A Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres foi realizada em Pequim (China), em 1995.
No dia 2 de julho de 2010, a Assembleia Geral da ONU votou por unanimidade a criação de um órgão único da ONU encarregado de acelerar os progressos para alcançar a igualdade de gênero e fortalecer a autonomia das mulheres, a “ONU para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres” ou “ONU Mulheres”.
Em 14 de setembro de 2010, o Secretário-Geral da ONU, anunciou a nomeação da ex-Presidente do Chile, Michelle Bachelet, como a Subsecretária-Geral para a ONU Mulheres, que começou a funcionar em 1° de janeiro de 2011.
O apoio da ONU aos direitos das mulheres começou com a Carta da Organização e perdura até os dias de hoje.

Com este trabalho de pesquisa, pretendíamos evocar o espírito das operárias grevistas de 1917 e fazer com que nós, mulheres, tomemos consciência de nossa função neste mundo para conseguirmos, enfim, colaborar com a humanidade futura.
Ao ser criado o Dia Internacional da Mulher não se pretendia apenas comemorar, mas principalmente, discutir o papel da mulher na sociedade atual.
Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é tentar diminuir e, quem sabe um dia exterminar, o preconceito, a violência e a desvalorização da mulher.
Infelizmente, hoje, é possível observar o risco de que a data venha a se transformar em mais uma festividade comercial, em mais um “Dia das Mães”, dos “Namorados”, “Natal”, etc, batendo recordes de vendas a cada ano, alimentando assim, a sede consumista.
É importante celebrarmos, sim, as conquistas obtidas ao longo dos séculos, mas não podemos esquecer de reafirmar o simbolismo da data na busca pela igualdade social entre homens e mulheres, no respeito às diferenças biológicas e no alcance do protagonismo de nossa própria história de vida. Para isso, estamos aqui, para relembrar as mulheres do passado que tanto lutaram para que hoje tenhamos liberdade, respeito e igualdade de tratamento. Não lutamos e não queremos ser mais ou menos que ninguém! Queremos caminhar lado a lado, como iguais, como Irmãos em Humanidade, como polaridades da mesma essência. 
Na perspectiva de luta pela autonomia e liberação das mulheres, o Dia Internacional das Mulher é um marco, apesar de entendermos que o equilíbrio ainda não se fez.
Não lutamos pelo retorno do Matriarcado, mas sim, pela instauração da perfeita Sinarquia. Acreditamos que a Mulher tem um papel de suma importância na instauração da nova ordem mundial, do estado de consciência que se faz necessário na civilização Aquariana. 
A verdadeira Mulher, acima de tudo, carrega dentro de si o arquétipo da Mãe, e esta não discrimina; sua energia é agregadora porque ela é o mais profundo Amor encarnado. Ela é a sementeira da nova Civilização, o Seio de onde todos os Mundos nasceram e para onde todos eles retornarão.

Mulher, fonte geradora de vida!
Mulher, fonte de infinitas possibilidades!
Mulher, guerreira, que luta por um ideal e constrói um novo renascer!
Mulher, fonte de doçura, que alimenta o mundo com sua Beleza!
Mulher, doce companheira, que guia os passos das humanas criaturas!
Mulher, grande construtora, que reformula e dá vida as novas gerações!
Mulher, expressão mais bela da divindade, que em seu divino Ser nunca se esquece de contemplar o oposto, guiando-o pelas veredas da existência!
Mulher que ocultamente construiu todos os mundos e hoje, mais do que justo, é vista como igual diante do mundo dos homens!
Mulher, mãe, guerreira, construtora, amiga, conselheira.... infinitas funções que a divindade te abençoou, e apesar de todos os contratempos, nunca deixa de ser Mulher!
Salve o dia 08 de março de todos os anos que se foram e que virão, para exaltar o mais divino ser milenar!
SALVE TODAS AS MULHERES
QUE VEICULAM A ESSÊNCIA DA DIVINA MÃE UNIVERSAL!!!
SALVE TODAS AS MULHERES
QUE SÃO VEÍCULOS DO AMOR E DA MISERICÓRDIA NA FACE DA TERRA!!!
GLÓRIA, LUZ E ESPLENDOR A TODAS AS MULHERES
QUE SÃO DIGNAS DE REPRESENTAREM O CÉU NA TERRA!!!
AVE MÃE! AVE MARE! AVE MULHER!


Como RAINHA, a mulher se pontifica no ápice dos acontecimentos.
Ninguém pode, em sã consciência, negar o Excelso Poder de Transformação que Dela emana, em forma de Inspiração, a tudo e a todos transformando.
É a sublimação humana pela presença do Amor Universal.
A Sua missão é Sacrificial!
A Sua recompensa é a glorificação da Humanidade”!
(JHS)


Ir\ Daniely Vieira
Ven\Mestre



*Clara Zetkin era professora, jornalista e socialista marxista alemã. Ícone na luta feminista na Europa  no início do século XX. Considerada autora da criação do Dia Internacional da Mulher, pertenceu ao partido esquerdista e foi deputada entre os de 1920 a 1933.



FONTES CONSULTADAS:
Wikipedia
http://www.defensoria.sp.gov.br/


ANEXO - Datas importantes relacionadas ao Dia Internacional da Mulher:
1788: o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
1840: Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
1859: surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
1862: durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
1865: na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
1866: No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.
1869: é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.
1870: Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
1874: criada no Japão a primeira escola normal para moças.
1878: criada na Rússia uma Universidade Feminina.
1900-1907:    Movimento das Sufragistas pelo voto feminino nos EUA e Inglaterra.
1901: o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres
1907:    Em Stuttgart, é realizada a 1ª Conferência da Internacional Socialista com a presença de Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo e Alexandra Kollontai. Uma das principais resoluções: “Todos os partidos socialistas do mundo devem lutar pelo sufrágio feminino.”
1908:    Em Chicago (EUA), no dia 3 de maio, é celebrado, pela primeira vez, o Woman’s Day. A convocação é feita pela Federação Autônoma de Mulheres.
1909:    Novamente em Chicago, mas com nova data, último domingo de fevereiro, é realizado o Woman’s Day. O Partido Socialista Americano toma a frente.
1910:    A terceira edição do Woman’s Day é realizada em Chicago e Nova Iorque, chamada pelo Partido Socialista, no último domingo de fevereiro.
Em Nova Iorque, é grande a participação de operárias devido a uma greve que paralisava as fábricas de tecido da cidade. Dos trinta mil grevistas, 80% eram mulheres. Essa greve durou três meses e acabou no dia 15/02, véspera do Woman’s Day.
Em maio, o Congresso do Partido Socialista Americano delibera que as delegadas ao Congresso da Internacional, que seria realizado em Copenhague, na Dinamarca, em agosto, defendam que a Internacional assuma o Dia Internacional da Mulher.
“Este deve ser comemorado no mundo inteiro, no último domingo de fevereiro, a exemplo do que já acontecia nos EUA”.
Em agosto, a 2ª Conferência Internacional da Mulher Socialista, realizada dois dias antes do Congresso, delibera que: “As mulheres socialistas de todas as nacionalidades organizarão (...) um dia das mulheres específico, cujo principal objetivo será a promoção do direito a voto para as mulheres”. Não é definida uma data específica.
1911:    Durante uma nova greve de tecelãs e tecelões, em Nova Iorque, morrem 134 grevistas, a causa de um incêndio devido a péssimas condições de segurança.
Na Alemanha, Clara Zetkin lidera as comemorações do Dia da Mulher, em 19 de março. (Alexandra Kollontai diz que foi para comemorar um levante, na Prússia, em 1848, quando o rei prometeu às mulheres o direito de voto).
Nos Estados Unidos, o Dia da Mulher é comemorado em 26/02 e na Suécia, em 1º de Maio.
1912:    Nos Estados Unidos, o Dia da Mulher é comemorado em 25/02.
1913:    Na Alemanha, o Dia da Mulher é comemorado em 19/3.
Na Rússia é comemorado, pela primeira vez, o Dia da Mulher, em 3/3.
1914:    Pela primeira vez, a Secretaria Internacional da Mulher Socialista, dirigida por Clara Zetkin, indica uma data única para a comemoração do Dia da Mulher: 8 de Março. Não há explicação sobre o porquê da data.
A orientação foi seguida na Alemanha, Suécia e Dinamarca.
Nos Estados Unidos, o Dia da Mulher foi comemorado em 19/03
1917:    No dia 8 de Março de 1917 (27 de fevereiro no calendário russo) estoura uma greve das tecelãs de São Petersburgo. Esta greve gera uma grande manifestação e dá início à Revolução Russa.
1918:    Alexandra Kollontai lidera, em 8/3, as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, em Moscou, e consagra o 8/3 em lembrança à greve do ano anterior, em São Petersburgo.
1921:    A Conferência das Mulheres Comunistas aprova, na 3ª Internacional, a comemoração do Dia Internacional Comunista das Mulheres e decreta que, a partir de 1922, será celebrado oficialmente em 8 de Março.
1932: O dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
1955:    Dia 5/3, L´Humanité, jornal do PCF, fala pela primeira vez da greve de 1857, em Nova Iorque. Não fala da morte das 129 queimadas vivas.
1966: A Federação das Mulheres Comunistas da Alemanha Oriental retoma o Dia Internacional das Mulheres e, pela primeira vez, conta a versão das 129 mulheres queimadas vivas.
1969: Nos Estados Unidos, o movimento feminista ganha força. Em Berkley, é retomada a comemoração do Dia Internacional da Mulher.
1970:    O jornal feminista Jornal da Libertação, em Baltimore, nos EUA consolida a versão do mito de 1857.
1975:    A ONU decreta, 75-85, a Década da Mulher.
1977:    A UNESCO encampa a data 8/3 como Dia da Mulher e repete a versão das 129 mulheres queimadas vivas.
1978:    O prefeito de Nova Iorque decreta dia de festa, no município, o dia 8 de Março, em homenagem às 129 mulheres queimadas vivas.
No Brasil:
1945:    O PCB cria a União Feminina contra a carestia.
1947:    O 8 de Março é comemorado pela primeira vez no Brasil.
1948:    Com o PCB na ilegalidade, a passeata do 8 de Março é proibida, no Rio.
1949:    É editado, pela primeira vez, no Brasil, o livro de Alexandra Kollontai, A Nova Mulher e a Moral Sexual.

1950:    Em 8 de Março, a Federação das Mulheres do Brasil retoma a comemoração do Dia Internacional da Mulher.